No Brasil, a primeira Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais foi fundada no Rio de Janeiro, no ano de 1955, tendo a frente um grupo de pais que vivenciavam o drama de não encontrarem escola para seus filhos com deficiência intelectual.

Na cidade de Espera Feliz, o movimento Apaeano teve início em Setembro de 1989. A APAE é mantenedora da escola de educação especial RUMO AO FUTURO, que oferece Estimulação Intensificada de 0 a 3 anos e onze meses e a Educação Infantil de 4 a 6 anos e onze meses, a qual também oferta o Ensino Fundamental, a Escolarização de Jovens e Adultos e a Educação Profissional.

Atualmente a APAE atende 152 alunos com deficiência intelectual, múltipla ou síndromes associadas, constituindo-se no maior movimento social de caráter filantrópico do país, na defesa de direitos e prestação de serviços visando proporcionar qualidade de vida, promoção e inclusão social da Pessoa com Deficiência.

Além do atendimento educacional que visa o progresso global do aluno, nas áreas do conhecimento e do desenvolvimento, a APAE conta também com o serviço de assistência social, bem como com uma equipe multiprofissional composta por neurologista, enfermeiro, fonoaudióloga, terapeuta ocupacional, pedagogas, psicólogas e fisioterapeutas, preparados para atender as necessidades específicas das pessoas com deficiência.

Nesse ano, ao ter como tema central o lema “Quebre a resistência e tome uma atitude: construa acessibilidade para a pessoa com deficiência intelectual”. As APAES tem como objetivo a sensibilização e a conscientização da sociedade brasileira, ressaltando que a acessibilidade não se resume as adaptações arquitetônicas, tais como rampas ou barras de apoio, recursos estes imprescindíveis para a locomoção e que devem ser assegurados. A APAE quer tornar público que o conceito “acessibilidade” é mais abrangente, significa fazer parte, conviver e, claro, ter acesso. E para uma pessoa com deficiência ter tudo isso, ela precisa de algo essencial: a mudança de atitude da sociedade.

Nesse sentido, destacamos como formas de acessibilidade a participação esportiva, atividades culturais, escolar (por meio do currículo adaptado e com as necessidades peculiares garantidas), lazer e também ao mercado de trabalho, pois a pessoa com deficiência intelectual também possui potencialidades e capacidades produtiva, devendo ser respeitada e valorizada enquanto parte constitutiva do nosso meio social.

Ao repassar essa mensagem, a APAE espera o apoio da sociedade, a superação de preconceitos e a mudança de postura em relação à pessoa com deficiência intelectual, dessa forma, sendo parceira no trabalho de garantia da acessibilidade social.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Projeto Origami

     A proposta de trabalho "Projeto Origami" desenvolvido pelo Setor de Fonoaudiologia, pela Fonoaudióloga Lívia Ouverney Gomes, existe desde o início de 2009, porém ganhou força com a integração do Setor Pedagógico no início de 2010.
     Este projeto contém o objetivo de criar novas práticas terapêuticas para serem desenvolvidas com os alunos e pacientes na Educação Especial dentro do projeto elaborado pela Área Pedagógica, que este ano desenvolve o tema DE MÃOS DADAS COM O MEIO AMBIENTE".
     De uma maneira breve, podemos dizer  que o Origami possibilita o crescimento do indivíduo nas áreas lingüísticas, educacional, psicomotora, cognitiva, criativa, valores, emoções e outras.
     Ao longo das atividades percebemos muitos pontos positivos em relação a mudanças comportamentais nos alunos que participam do projeto. A começar pelo interesse em manipular o papel e ver sua própria criação até a interferência na sua capacidade de concentração e valorização de sua auto-estima.
     Mas, queremos ressaltar neste artigo um aluno em especial. Dentro de suas dificuldades emocionais, educacionais, de fala e linguagem e comportamentais, o aluno Luis Mateus Simões da Silva, aluno do 3º ano do Ensino Fundamental de repente ganha asas em sua imaginação, criatividade e emoção por entre os papéis e dobras. A cada imagem criada uma emoção, a cada dobra, uma descoberta de potencialidade, e um sorriso que ilumina o dia.
     Ele se descobriu! Ele e um papel, espere!... ele e um pássaro?... ele e um papel... aliás, uma casa?,... um copo?,... um menino?,... Êpa!... Qualquer coisa que sua imaginação permitir!
     Com os pés no chão ele viaja, chega a onde seus dedos tocarem, basta uma folinha. Anda por rios, com seus lindos peixinhos, passa pelo mar com muitos golfinhos, nos contos com o lobo mau e três porquinhos, na terra com lindas flores e passarinhos.
     Mais um papel... dobras, dedos, concentração... Plim... de repente brilha um sol em suas mãos... mais uma vez aquele sorriso... satisfação brilhando naqueles olhos que procuram descobertas e ali bem entre seus dedos sua criação.
     Rapidamente foi possível notar sua capacidade e criatividade, seu prazer na descoberta do novo, na tentativa de se superar a cada figura criada. Sua auto-estima "desdobrada".
     Por isso fica aqui essa homenagem para esse menininho muito especial... Luis Mateus que seus sonhos voem nas asas do beija-flor, que você acabou de dobrar!


terça-feira, 6 de julho de 2010

Uma traçinha na Biblioteca


Como todo mundo sabe, traça é aquele bichinho, miudinho que devora livros e adora morar nas Bibliotecas...
 
Aqui na APAE, em nossa biblioteca também tem uma traçinha. Mas a traçinha de nossa biblioteca é especial e diferente. É também pequenina porém, tem olhinhos verdes e cabelinhos dourados... E tem até um nome: Thalita.
 
Todos os dias, ela que levar um livrinho para ler em casa. O dia que esqueço de separá-lo ela faz biquinho, se mostra aborrecida e reforça o pedido para o dia seguinte. Thalita completou 9 anos, é uma menina graciosa, sensível, apaixonada por livros, não fica sem ler um dia sequer e devora os livrinhos com rapidez. Thalita, a menininha dos olhinhos verdes e cabelinhos dourados é sem dúvida a traçinha mais linda que eu já vi !

Construção da rampa de acesso a Área de Lazer e Recreação

A APAE cultivava o antigo sonho de construir uma rampa que permitisse o acesso a área de recreação, principalmente para que as crianças cadeirantes pudessem participar das atividades de educação física, ter acesso à biblioteca e outras atividades.

O Projeto de construção desta rampa já vinha sendo idealizado há bastante tempo e encaminhado para à diversos setores por cinco vezes. E finalmente no segundo semestre de 2009, o projeto foi aprovado pela SEDESE e o incentivo liberado a fim de que se contruisse a rampa.

Hoje já é uma realidade conquistada, um problema resolvido que trouxe acessibilidade a todas as crianças, sendo fonte de muito orgulho para toda a comunidade escolar da APAE de Espera Feliz.

Estimulação